quarta-feira, agosto 24, 2005

Panorama do VKI


Tiago Quintino, EOS-20D 24mm
Panorama made with Autostich

Von Karman Institute for Fluid Dynamics
Rhode St. Genése
Belgica

The Unknown (1927)

The Unknown é um filme mudo excepcional!

Uma das minhas obras preferidas da sétima arte, este filme foi me apresentado numa atmosfera quase mística: uma pequena sala modesta onde a música de um piano ondolava ao longo dos fotogramas, sem os grilhões de uma partitura, ao sabor da improvisação sintonizada nas cenas que eram exibidas.

Os actores compensavam em expressões teatrais o que a mudez lhes negava nas palavras, levando o público a interpretar no seu olhar as duplicidades de sentimentos das personagens.

O argumentista levou o possessivo amor de um tumultuoso homem, capaz de por tal cortar seus próprios braços, a contrastar com a ternura de um homem que descobre que a paciência também tem lugar nas lides amorosas.

O enredo tece-se eximiamente num circo cigano do inicio do século XX algures nos arredores de Madrid, onde Alonzo, o homem-sem-braços, atirador de facas, se encontra arrebatado pelo amor que tem pela filha do patrão do circo. Nanon, por acaso dos destino, ou génio do autor, repudia que os homens lhe toquem, achando-os "brutos"! Por momentos parece que Alonzo é o parceiro ideal, mas o pai dela abomina tal relação... e o homem-forte do circo, Malabar, também acalenta uma paixão ternurenta pela rapariga que entra em pânico na proximidade daqueles braços musculosos...
Alonzo sente-se capaz de tudo para ter Nanon para si mas esconde um segredo que se revelará basilar ao decorrer de cada cena....

IMDB

domingo, agosto 21, 2005

As quatro mãos que escrevem o roteiro...

Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério

A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.

-- Lya Luft

quarta-feira, agosto 17, 2005

E no inicío não havia nada...

Por algum lado temos que começar!